Até 4.000 A.C. temos a pré-História e, com a escrita, inicia-se a história, dividida nas idades antiga, média, moderna e contemporânea.
A idade média, ou idade medieval, que precedeu a idade moderna, compreendeu o período que se estende de 476, com a queda do Império Romano, até o ano 1453 com a tomada de Constantinopla pelo império turco otomano. O período foi marcado pela hegemonia da Igreja Católica, enfraquecimento comercial, sistema de produção feudal e sociedade hierarquizada.
São alguns dos mais importantes matemáticos, físicos e outros estudiosos que precederam à Revolução Científica: Leonardo da Vinci (Itália, 1452-1519), Nicolau Copérnico (Polônia, 1473-1543), Paracelso (Suíça, 1493-1541) e Andreas Libavius (Alemanha, 1555-1616).
A Revolução Científica proporcionou a realização de importantes estudos na matemática, física, química, geografia, astronomia, como as Leis de Newton, que explicaram perfeitamente diversos aspectos físicos e matemáticos, e são universais, insubstituíveis, permanentemente válidos, e utilizados no desenvolvimento de diversos outros estudos importantes ao longo dos séculos que se seguiram ao criador.
O Iluminismo foi um movimento intelectual que se desenvolveu na Europa a partir do século XVII (em torno de de 1620) - mas que teve seu apogeu a partir de 1715, até a Revolução Francesa em 1789.
Na química, a edição do primeiro livro sobre química por Libavius, em 1597, precedeu a transição para Revolução Científica, ainda um século até Dalton formular sua teoria atômica.
Alguns dos cientistas mais importantes desse período da Revolução Científica foram Galileu Galilei (Itália, 1564-1642), Jan Baptist Van Helmont (Bélgica, 1579-1644), Renê Descartes (França, 1596-1650), Robert Boyle (Inglaterra, 1627-1691), Isaac Newton (Inglaterra, 1643-1727), Georg Ernst Stahl (Alemanha, 1659-1734), Joseph Louis Lagrange (Itália, 1736-1813), Pierre-Simon, Marquês de Laplace (França, 1749- 1827), Antoine Lavoisier (França, 1743-1794), John Dalton (Inglaterra, 1766- 1844), William Rowan Hamilton (Irlanda, 1805-1865) e Dimitri Mendeleev (Rússia, 1834-1907).
Surgimento da química médica (Século XVII)
Nessa época, os químicos, liderados pelo suíço-alemão Paracelso, abandonaram as duas metas alquimistas e passaram a descobrir substâncias que curavam doenças (remédios). No final do século XVIII, durante a Revolução Francesa, a Química, a exemplo da Física, torna-se uma ciência exata.
O químico Lavoisier descobriu que, durante as transformações químicas e físicas, ocorre a conservação da matéria (Lei da Conservação da matéria). Foi com Lavoisier que se iniciou, na Química, o método científico, que estuda os porquês e as causas dos fenômenos.
Nascimento do primeiro químico brasileiro (1750). Considerado um Químico autodidata e desconhecido na história, uma vez que jamais saiu do Brasil, João Manso Pereira fabricou muitas peças cerâmicas, aguardente semelhante ao rum cubano, vinho de açúcar e extraiu álcalis da bananeira.
Tratado elementar de química por Lavoisier (1789)
Este movimento promoveu mudanças políticas, econômicas e sociais, baseadas nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. Tinha o apoio da burguesia, pois os pensadores e os burgueses tinham interesses comuns.
As críticas do iluminismo ao antigo regime eram em vários aspectos como mercantilismo, absolutismo monárquico e o poder da igreja e as verdades reveladas pela fé, defendendo a liberdade econômica sem a intervenção do estado na economia, o antropocentrismo, com o avanço da ciência e da razão e o predomínio da burguesia e seus ideais.
As ideias liberais do Iluminismo se disseminaram rapidamente pela população. Alguns reis absolutistas, com medo de perder o governo - ou mesmo a cabeça -, passaram a aceitar algumas ideias iluministas.
Estes reis eram denominados Déspotas Esclarecido pois tentavam conciliar o jeito de governar absolutista com as ideias de progresso iluministas.
Alguns representantes do despotismo esclarecido foram: Frederico II, da Prússia; Catarina II, da Rússia; e Marquês de Pombal, de Portugal.
Alguns pensadores ficaram famosos e tiveram destaque por suas obras e ideias neste período. São eles:
John Locke
John Locke é Considerado o “pai do Iluminismo”. Sua principal obra foi “Ensaio sobre o entendimento humano”, aonde Locke defende a razão afirmando que a nossa mente é como uma tábula rasa sem nenhuma ideia.
Defendeu a liberdade dos cidadãos e Condenou o absolutismo.
Voltaire
François Marie Arouet Voltaire destacou-se pelas críticas feitas ao clero católico, à inflexibilidade religiosa e à prepotência dos poderosos.
Montesquieu
Charles de Secondat Montesquieu em sua obra “O espírito das leis” defendeu a tripartição de poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.
No entanto, Montesquieu não era a favor de um governo burguês. Sua simpatia política inclinava-se para uma monarquia moderada.
Rousseau
Jean-Jacques Rousseau é autor da obra “O contrato social”, na qual afirma que o soberano deveria dirigir o Estado conforme a vontade do povo. Apenas um Estado com bases democráticas teria condições de oferecer igualdade jurídica a todos os cidadãos. Rousseau destacou-se também como defensor da pequena burguesia.
Quesnay
François Quesnay foi o representante oficial da fisiocracia. Os fisiocratas pregavam um capitalismo agrário sem a interferência do Estado.
Adam Smith
Adam Smith foi o principal representante de um conjunto de ideias denominado liberalismo econômico, o qual é composto pelo seguinte:
- o Estado é legitimamente poderoso se for rico;
- para enriquecer, o Estado necessita expandir as atividades econômicas capitalistas;
Revolução Francesa (em francês: Révolution française, 1789-1799) foi um período de intensa agitação política e social na França, que teve um impacto duradouro na história do país e, mais amplamente, em todo o continente europeu. A monarquia absolutista que tinha governado a nação durante séculos entrou em colapso em apenas três anos. A sociedade francesa passou por uma transformação épica, quando privilégios feudais, aristocráticos e religiosos evaporaram-se sobre um ataque sustentado de grupos políticos radicais, das massas nas ruas e de camponeses na região rural do país.[1] Antigos ideais da tradição e da hierarquia de monarcas, aristocratas e da Igreja Católica foram abruptamente derrubados pelos novos princípios de Liberté, Égalité, Fraternité (em português: liberdade, igualdade e fraternidade). As casas reais da Europa ficaram aterrorizadas com a revolução e iniciaram um movimento contrário que, até 1814, tinha restaurado a antiga monarquia, mas muitas reformas importantes tornaram-se permanentes. O mesmo aconteceu com os antagonismos entre os partidários e inimigos da revolução, que lutaram politicamente ao longo dos próximos dois séculos.
Em meio a uma crise fiscal, o povo francês estava cada vez mais irritado com a incompetência do rei Luís XVI e com a indiferença contínua e a decadência da aristocracia do país. Esse ressentimento, aliado aos cada vez mais populares ideais iluministas, alimentaram sentimentos radicais e a revolução começou em 1789, com a convocação dos Estados Gerais em maio. O primeiro ano da revolução foi marcado pela proclamação, por membros do Terceiro Estado, do Juramento do Jogo da Péla em junho, pela Tomada da Bastilha em julho, pela aprovação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão em agosto e por uma épica marcha sobre Versalhes, que obrigou a corte real a voltar para Paris em outubro. Os anos seguintes foram dominados por lutas entre várias assembleias liberais e de direita feitas por apoiantes da monarquia no sentido de travar grandes reformas no país.
A Primeira República Francesa foi proclamada em setembro de 1792 e o rei Luís XVI foi executado no ano seguinte. As ameaças externas moldaram o curso da revolução. As guerras revolucionárias francesas começaram em 1792 e, finalmente, apresentaram espetaculares vitórias que facilitaram a conquista da Península Itálica, dos Países Baixos e da maioria dos territórios a oeste do Reno pela França, feitos que os governos franceses anteriores nunca conseguiram realizar ao longo de séculos. Internamente, os sentimentos populares radicalizaram a revolução significativamente, culminando com a ascensão de Maximilien Robespierre, dos jacobinos e de uma ditadura virtual imposta pelo Comitê de Salvação Pública, que estabeleceu o chamado Reino de Terror entre 1793 e 1794, período no qual entre 16 mil e 40 mil pessoas foram mortas.[2] Após a queda dos jacobinos e a execução de Robespierre, o Diretório assumiu o controle do Estado francês em 1795 e manteve o poder até 1799, quando foi substituído pelo Consulado, sob o comando de Napoleão Bonaparte.
A era moderna tem-se desdobrado na sombra dos ideais conquistados pela Revolução Francesa. O crescimento das repúblicas e das democracias liberais ao redor do mundo, a difusão do secularismo, o desenvolvimento das ideologias modernas e a invenção da guerra total[3] tiveram o seu nascimento durante a revolução. Eventos subsequentes que podem ser rastreados com a revolução incluem as Guerras Napoleônicas, duas restaurações separadas da monarquia (a primeira em 1814 e a segunda, a Restauração Bourbon, em 1815), e duas revoluções adicionais (1830 e 1848) ajudaram a moldar a França moderna.
A Revolução Francesa foi um dos acontecimentos mais importantes da história contemporânea do Ocidente. Ela marcou o fim da Idade Moderna e o início da Idade Contemporânea, de acordo com o que foi estipulado por historiadores europeus. O motivo para isso foram as influências da Revolução Francesa no mundo.
A Revolução Francesa marcou a ascensão da burguesia como classe social dominante, superando a aristocracia proprietária de terras, bem como a criação de novas instituições e novas formas de organizar a vida econômica, política e social que iriam se expandir para todo o planeta.
Com a Revolução Francesa, o capitalismo rompeu os obstáculos políticos feudais que ainda vigoravam na Europa Ocidental, juntando-se às transformações econômicas desencadeadas com a Revolução Industrial.
Essas mudanças vinham sendo preparadas desde os séculos XVII e XVIII, com o desenvolvimento do pensamento racional Iluminista. Para os iluministas, a razão poderia auxiliar todos os homens na explicação dos fenômenos da natureza e da forma de organização da sociedade.
Não que os iluministas fossem essencialmente revolucionários. Mas as ideias iluministas serviram, junto à utilização da razão para interpretar o mundo, para os revolucionários franceses questionaram o caráter sagrado do poder, defendido pelos reis, pela aristocracia e pela Igreja.
Todos os homens poderiam exercer o poder. Mas para isso era necessário criar instituições que garantissem esse exercício. Nesse sentido, a República foi a principal dessas instituições. Ela representava o fim dos privilégios da aristocracia e a libertação dos camponeses dos laços de servidão que os prendiam à nobreza e ao clero. Nas cidades, tinham fim as corporações feudais que limitavam os negócios da burguesia.
Mas mesmo antes da Revolução Francesa, os ideais iluministas já haviam possibilitado que na América do Norte os colonos ingleses realizassem a Independência dos EUA e construíssem também uma República. Mas o impulso maior foi mesmo dado pela Revolução Francesa, graças ao poderio do Estado francês.
A Revolução Francesa influenciou ainda outros processos de independência no continente americano. Em 1794, os africanos escravizados que trabalhavam nas lavouras de cana-de-açúcar do Haiti conseguiram o fim da escravidão após uma sanguinária guerra de independência. Era o primeiro país do continente a por fim à escravidão. No Brasil, a Conjuração Baiana (ou Revolta dos Alfaiates) de 1798 também foi fortemente influenciada pelos acontecimentos da Revolução Francesa.
O historiador Eric. J. Hobsbawm afirma ainda que os revolucionários franceses influenciaram simbolicamente as nações emergentes da Europa do século XIX com as bandeiras tricolores.
O conceito e o vocabulário do nacionalismo, desenvolvido com educação universal, e o recrutamento de cidadãos de todas as classes para o exército foram mais umas das influências da Revolução Francesa.
O modelo de organização técnica e científica, além do sistema métrico de medidas (metro, centímetro, decímetro etc.), foi outra contribuição desenvolvida nesse período.
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- para expandir as atividades capitalistas, o Estado deve dar liberdade econômica e política para os grupos particulares.
A principal obra de Smith foi “A riqueza das nações”, na qual ele defende que a economia deveria ser conduzida pelo livre jogo da oferta e da procura.
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